PIX – SAIBA COMO USAR
Embora tenha todas as
características de uma blockchain, o PIX não é uma blockchain por sua estrutura
toda centralizada, no Banco do Brasil.
As principais características do sistema são a disponibilidade total (24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano), a velocidade
das transações que são quase instantâneas, além da segurança, leitura de QR Code e a economia que oferece, comparado ao TED e ao DOC já existentes.O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente,
conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.
Existem duas maneiras de funcionamento nesse sistema de pagamento: entre pessoas físicas e entre pessoas físicas e jurídicas.
Para utilizar o PIX, é
preciso aderir ao sistema através do cadastramento das chaves de transações, chamadas
“chaves PIX”.
As chaves PIX podem
ser:
1-
CPF ou CNPJ
2-
Número de telefone
3-
Endereço de e-mail
4-
Chave aleatória
Cada uma destas chaves
poderá ser cadastrada somente uma vez em uma única instituição financeira. O
titular da conta poderá cadastrar mais de uma chave na mesma instituição, sendo
um limite de 5 chaves para pessoa física e até 20 chaves para pessoa jurídica.
No caso da chave
aleatória, que é gerada pelo próprio sistema no momento da transação, a grande
vantagem é que não teremos que fornecer nossos dados (cpf ou telefone, por
exemplo) a pessoas estranhas, nos
permitindo mais segurança e privacidade.
Não é obrigatório o
cadastramento das chaves PIX. Além da chave aleatória, ainda será possível compartilhar
agência, conta e CPF, como de costume, para receber um Pix.
O pagamento com Pix poderá ser feito da
mesma forma que a transferência, usando chaves Pix ou dados de conta bancária.
Além disso, será possível ler um QR Code de um amigo para o qual se deseja
transferir um determinado valor. Todo usuário do Pix poderá ter seu próprio
código.
Já
estabelecimentos comerciais deverão utilizar o que se chama de QR Code
dinâmico, que contém mais informações embutidas. Em uma loja física, por
exemplo, bastará apontar o celular para o QR Code exibido no caixa e abrir o
link utilizando um dos aplicativos compatíveis com o Pix instalados no aparelho.
O restante do procedimento se dá dentro do app do banco, que deverá pedir algum
tipo de confirmação para finalizar o procedimento, como senha ou leitura
biométrica.
Na
Internet tende a ser similar. Ao finalizar uma compra em uma loja online
pelo celular, o usuário deverá poder abrir um link de pagamento diretamente no
aplicativo do banco. Já ao comprar pelo computador, o site do e-commerce deverá
exibir um QR Code que poderá ser lido pelo smartphone.
Na hora de efetuar a
transação fique atento a alguns pontos:
- Há um limite de 30
transações por mês, portanto saiba que a instituição financeira está autorizada
a cobrar tarifa do cliente caso este limite seja excedido.
- Antes de efetuar a transferência,
confira na tela de confirmação se o nome e o cpf são do destinatário desejado.
Em caso de engano, até poderá ocorrer uma transação reversa, mas apenas se a
outra parte concordar. Não existe, neste sistema de pagamento, o estorno
imediato como no caso de cartões de crédito, por exemplo.
- Na hora de pagar
com leitura de código QR, é preciso se certificar de que a pessoa ou
estabelecimento é confiável. Use sempre o aplicativo do banco para pagar e
desconfie, por exemplo, se o celular pedir para abrir um link fora do app da
instituição financeira. A leitura do código também não deve resultar no
download de nenhum arquivo no aparelho.
- Como o sistema não tem um app próprio,
é preciso ter cautela com os serviços financeiros no smartphone para não ser
alvo de golpes. Para sua segurança, nunca use senhas fáceis de descobrir e
mantenha o telefone protegido com biometria sempre que possível.
Assim
como a Pessoa Física, a Pessoa Jurídica pode cadastrar chaves junto ao banco,
como e-mail, telefone e CNPJ, para facilitar o recebimento de transferências.
Além disso, empresas têm a liberdade de criar QR Code dinâmico, que contém mais
informações além do valor.
Empresas
também têm acesso ao Pix Cobrança, uma funcionalidade que imita as funções do
boleto. Por meio dela, é possível gerar um QR Code que traz dados como
vencimento e número de contrato de um cliente. O código poderá ser exibido
tanto virtualmente, no site da instituição, ou em cobranças por papel.
Conforme informações do Banco Central, o
Pix tem a mesma segurança da rede bancária tradicional. Por não haver um
aplicativo do Pix, a primeira camada de segurança continuará sendo oferecida
pelas instituições.
Assim,
o Pix estará tão protegido quanto a conta do consumidor, seja com senha ou com
uso de impressões digitais e reconhecimento facial, a depender do aplicativo e
do aparelho do usuário.